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7 princípios que pais e escolas devem ensinar às crianças

 

Por: Iolene Lima, pedagoga e autora do Programa Bene e do Projeto de Vida.

 

O mundo tem estado confuso e os dias muito difíceis. A pandemia provocada pela covid-19 desestruturou a sociedade e abalou fortemente os relacionamentos. Diante desse cenário, existe uma preocupação em deixar um mundo melhor para os filhos; mas, muitas vezes, esquecemos de deixar nossos filhos melhores para esse mundo. Provavelmente, não é o seu caso, pois você está lendo esse artigo.

Enquanto família, precisamos ensinar princípios valiosos para nossos filhos, sabendo que essa base servirá para o desenvolvimento de ótimas atitudes no presente e no futuro. Não podemos desistir! Para tanto, temos também de dar exemplo, incentivá-los a praticar. Não acontece de uma hora para outra: é necessário investir tempo, tempo de qualidade e energia. Novamente, não desista! Pensando nisso, seguem sete princípios que pais e escola podem praticar juntos:

1. Autoridade dos pais. Talvez tenhamos vivido uma época de muita repressão e, por isso, alguns estão optando pela liberdade exagerada. Crianças e adolescentes precisam de proteção, amparo e limites para desenvolverem segurança. Sendo assim, enquanto pais, a última palavra é de vocês. Não estou falando de militarismo, mas de proteção. Quem ama, dá limites.

2. Responsabilidade. Após um dia exaustivo de trabalho, os pais, cheios de coisas na cabeça, encontram brinquedos esparramados pelo chão, roupas fora do lugar, camas desarrumadas… Esse cenário lhes soa familiar? É mais fácil não brigar e simplesmente ir arrumando tudo, não é? Mas essa nossa atitude não colabora para que as crianças e adolescentes cresçam em todos os aspectos. É preciso conversar e cobrar para que eles sejam responsáveis por arrumar seus brinquedos, suas camas, seus quartos, seu material escolar, etc.

3. Respeito. Diálogos respeitosos quase não são mais vistos em nossa sociedade. As pessoas, para serem “ouvidas”, gritam, agridem, quebram e destroem propriedade alheia com rostos mascarados. Faz-se necessário então, ensinar nossos filhos a respeitar o outro, a propriedade do outro, a individualidade do outro. Somos diferentes e isso não nos afasta, nos une em humanidade.

4. Gratidão. Nesse tempo de tanto egocentrismo, de correria e muito trabalho, muitas vezes, os pais enchem as crianças de presentes como forma de “compensar” o tempo em que não estavam presentes. Atolam as crianças de presentes e tudo o que elas desejam. Reforçam o materialismo e o consumismo, não os ensinando a serem gratos pelo que já receberam. Temos que estimular os pequenos a olharem nos olhos dos outros e agradecerem a um presente recebido na festa de aniversário, a serem gratos pelas visitas, pelos passeios. A serem gratos pela vida, principalmente em tempos de tanta dor e incertezas.

5. Pontualidade. Diante de tantos compromissos, para não os perder, precisamos de uma agenda (mesmo que improvisada) para organizar nosso dia. Contas a pagar, supermercado para fazer, abastecer o carro… São muitas obrigações, mas ser pontual é dar valor para o outro que nos aguarda. Esse princípio deve ser ensinado para nossas crianças: não atrasar para acordar, se arrumar, chegar na escola, entrar na aula online e entregar os trabalhos.

6. Saber lidar com as próprias emoções. De forma geral, transmitir conteúdos sobre equações ou relevos brasileiros é mais simples do que lidar com as questões emocionais. Tanto para adultos como para crianças. É importante conversar, perguntar como estão se sentindo, amparar nos momentos de conflito e dor. Dizer que sabemos que está doendo, que é difícil mesmo, mas que, juntos, vamos conseguir. Crianças e adolescentes desgovernados em suas emoções possuem uma grande probabilidade de ter uma vida adulta também com muitos conflitos.

7. Ame. Ame muito! Não somos perfeitos: somos humanos e não temos controle sobre tudo. Vamos errar, sim, mas na tentativa de acertar. Ame sua família, ame com elogios, com palavras afirmativas e carinho constante. Não tenha receio de demonstrar amor aos seus filhos, isso não mostra fraqueza, pelo contrário, somente os corajosos tem coragem de dizer que amam.

 

Fonte: Canguru News

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